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Ver Versão Completa : R1200 GS LC - Evolução mata concorrentes



Golias
20-09-2013, 08:45
Pessoal,

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A BMW começou a fabricar motos em 1923, mais de três décadas antes de produzir seu primeiro carro. Desde então, as motocicletas da marca ganharam notoriedade. Tanto pela robustez quanto pelos clássicos e “torcudos” motores boxer. Agora, após 91 anos de vida, estes “boxeadores” de dois cilindros opostos – mesma configuração básica dos antigos VW e Porsche “a ar” – passam a ter auxílio de refrigeração líquida.
A quebra de paradigma ficou para a nova geração da big trail R 1200 GS. Antes chamada de R 80 GS, já teve diversos visuais, além de motores de 800, 1.000 e 1.150 cc. Após 33 anos de estrada, o modelo mais vendido e cultuado da marca alemã aposenta o radiador de óleo. Em seu lugar entram dois resfriadores à base de água e glicol. E embora não pareça, a moto mudou por completo.
Autoesporte avaliou a nova versão da “GS”, como é mais conhecida, no Autódromo de Interlagos (SP). Tanto no asfalto como na terra. Melhor e mais completa, a BMW fica ainda mais restrita em preço: a versão Sport custa R$ 73.400, enquanto a Premium completa chega a salgados R$ 83.900. Valores condizentes com a proposta de grife da aventureira, e de seu público fiel. Mas que fica bem acima da Triumph Tiger Explorer 1.200: a “tigresa”, sua principal concorrente, oferece 135 cv e equipamentos comparáveis ao da versão top da BMW, por R$ 62.900. Outra big trail completa, a Yamaha XT 1200Z Super Ténéré (110 cv), sai por R$ 61 mil.

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Transcontinental na pista

Olhando a conhecida e moderna “embalagem” da GS, é difícil notar o quanto ela evoluiu. O design foi “pincelado” e está mais arrojado, bem como a iluminação por leds, que se estende até aos piscas. Chassi em treliça e suspensões também mudaram.
Embora haja o par de radiadores compactos nas laterais, eles se destinam a “refrescar” apenas os saltados cabeçotes. O “grosso” da refrigeração do motor continua a ar e óleo – ou, 65%. A melhoria se deu para cumprir os níveis atuais e futuros de emissões de poluentes (Euro 5 e a seguir, o 6). Mas a engenharia da marca trabalhou bem, de modo a “tirar” 15 cv extras. Agora o bicilíndrico rende 125 cv a 7.700 rpm, com torque massivo desde rotações baixas – máximo de 12,6 kgfm a 6.500 rpm.
Para poder responder ao novo rendimento, o motor recebeu cinco mapas de entrega de performance. Estes por sua vez, agem em conjunto com os três níveis de firmeza dos amortecedores (suspensão semi-ativa). Somados, os 15 modos de pilotagem saciam qualquer condutor, em vários tipos de piso.

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Uma pena que a suspensão inteligente seja opcional na versão de “entrada”. No entanto, controle de tração é item de série, bem como freios Brembo com ABS. Outros aliados para controlar a maior performance são novos pneus mais urbanos, ambos 1 cm mais largos (dianteiro 120/70 R19 e traseiro 170/60 R17).
Contribui o fato de o motor estar em posição mais baixa, de modo que a moto ganhou em estabilidade e agilidade em mudanças de trajetória. Nas curvas do traçado de Interlagos, a GS respondeu bem e não pareceu ser uma trail grande. Até mesmo nos momentos de maior “apetite” – leia-se erros de tangência –, a moto permitiu correções sem reclamar. Em certos momentos o controle de tração deu as caras e interviu de forma precisa.
Destaque para a maciez do manete de embreagem (hidráulico) e os freios de última geração. A posição de pilotagem ereta e relaxada, com o guidão alto e largo, continua referência. Com seis marchas, a transmissão é suave e precisa, mérito também do eixo cardã. Segundo dados oficiais, o “0 a 100 km/h” da GS pode ser cumprido em incríveis 3,6 s, com máxima acima de 200 km/h. Em outras palavras, ela nasceu para viajar longe.

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Terra à vista

Após as voltas rápidas no asfalto, era hora de avaliar a big trail na pouco conhecida pista off-road no “miolo” do Autódromo. Devidamente calçada com pneus de cravos, a GS tem até um modo no controle de tração específico para eles, o “Trail Pro”, que deixa o pneu de trás destracionar mais.
Rodando no modo “Trail” de pilotagem, a GS se mostrou menos arredia; passando pelos diversos obstáculos sem perder a majestade. De pé ou sentado, o piloto se sai bem acima da GS, que não aparenta seus 238 kg. Seu peso real deve ser algo que só se descobre da pior maneira: com a big trail caindo em cima de você. Neste caso, é preciso errar (ou se animar) muito para isso ocorrer.
Como trail no topo da cadeia alimentar germânica, a GS tem detalhes de sobra. Muitos revistos, a exemplo do painel, com visores (analógicos) integrados e maiores. Além disso, a tela de LCD inferior também foi aumentada e mostra até a marcha engatada.
Outro item bacana são os bancos com regulagem de altura: o principal vai de 820 a 850 mm do solo e é bem “democrático” em relação à estatura do condutor. Com para-brisa novo, pode-se regular o “escudo” com a moto em movimento, por simples roldana do lado direito.
Na versão Premium há aquecedores de manoplas, suporte para encaixar GPS e iluminação dianteira 100% por leds. Além destes “mimos”, equipamentos importantes como a suspensão semi-ativa e até as clássicas rodas – com raios externos aos aros, montados à mão – são itens de série na Premium e opcionais na Sport. A versão mais em conta usa rodas de liga leve de visual mais atual.

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Motor - Detalhes do boxeador

Embora tenha mantido diâmetro (76 mm) e curso (101 mm), o motor de 1.170 cm3 ficou mais suave em funcionamento, mérito de um novo eixo balanceador oco. Assim, perdeu parte da vibração que fazia a GS “rebolar” quando acelerada parada. Todos os pontos de fixação são novos, bem como o quadro de aço tipo “ponte” ou “treliça” – e subquadro traseiro bem ancorado por parafusos. Com dois comandos de válvulas (quatro por cilindro), a máquina ficou ainda mais “elástica”: oferece força de sobra logo acima da marcha lenta.
Para melhor distribuição de massas, o escape foi parar do lado direito – com a transmissão indo para o esquerdo. Boa notícia para os entusiastas é que a exaustão manteve o timbre rouco e característico.
A transmissão agora está integrada à carcaça do motor. Ela foi parar na frente dele, de modo que a embreagem (agora multidiscos) tem acesso mais simples. Se por um lado a GS 1200 ficou mais cara, ao menos promete um custo de manutenção reduzido.

Ai meus amigos, que perdoem as concorrentes :p, mas os alemães não dormem com os dois olhos fechados, e a nova R 1200 GS LC ADV a ser lançada em 2014 será outra versão matadora. Por isto quem gosta dos motores boxes, podem continuar seguir sua evolução com os novos modelos R 1200 GS LC sem medo :), pois estará adquirindo uma motocicleta com o que há de mais moderno em tecnologia embarcada.

Eu particularmente sou apaixonado pelos motores boxers, mas esta é minha opinião.

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Até breve,

Reinaldo

RicBoris
20-09-2013, 13:05
Que MÁQUINA linda!!!!

... continuo sonhando!!!

FPoli
20-09-2013, 13:09
Reinaldão, legais estas matérias da nova GS e coitada das outras rsrs.
Pode não agradar a todos (até que rodem numa), mas é certo de que não há nada parecido.

RGóes
20-09-2013, 14:05
Gostei e concordo com o título do outro tópico.
É mais que um sonho, um objetivo.

Se fosse um pouco menos salgada...será que há a chance de ser montada CKD - complete knocked down em Manaus?
Isso por si só já seria um alento para nossos bolsos...

Golias
20-09-2013, 14:53
Caro Rodrigo,

Trabalhei faz alguns anos na VW, e na época que estava lá, pretendi comprar um AUDI com os mesmos descontos que ofereciam na linha VW, porem me informaram que isto era impossível e funcionário VW ter desconto para comprar qualquer modelo AUDI iria denegrir a imagem da marca, é mole meu caro :mad:. Eu penso que enquanto as GS custarem o que custam, vão evitar uma grande demanda de pretendentes a compra-la o que traria um alto risco de roubo, tudo em fator da demanda. É sabido que as taxas são altas, mas imagine se elas custassem o mesmo valor de uma R1, por exemplo, ai seriam visadíssimas e teríamos muitos furtos.

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Até breve,

Reinaldo

RicBoris
20-09-2013, 19:19
Pode até ser, Reinaldo. Mas acho que, no final das contas, quem determina isso é o mercado. Nao acredito que diante do potencial do mercado brasileiro, o mais promissor no segmento bigtrail, a BM deixe de investir apenas para manter o status da 12GS. Acredito que em poucos anos - claro, se a Dilma não melar - teremos essas Super Maquinas sendo montadas em Manaus. Tomara!

RGóes
20-09-2013, 19:42
Pode até ser, Reinaldo. Mas acho que, no final das contas, quem determina isso é o mercado. Nao acredito que diante do potencial do mercado brasileiro, o mais promissor no segmento bigtrail, a BM deixe de investir apenas para manter o status da 12GS. Acredito que em poucos anos - claro, se a Dilma não melar - teremos essas Super Maquinas sendo montadas em Manaus. Tomara!

Concordo Ric, e acrescento; ao reduzir o preço não necessariamente a moto passará a ser popular - seria uma redução para trazer o preço para níveis mais razoáveis, o que inclusive já acontece no resto do mundo. Assim como temos aqui o Iphone mais caro do mundo, de repente temos também a GS1200 mais cara... (Um exemplo da redução foi quando a 800 passou a ser montada no Brasil o preço reduziu significativamente).

Sei que isso não depende exclusivamente da montadora, mas do que o governo cobra também. O fato é que uma redução abriria ainda mais o mercado brasileiro que é extremamente promissor sem comprometer o status associado a marca. Estou nessa torcida.
Abs,

FPoli
21-09-2013, 01:04
A grande vantagem em um modelo novo como este é que ainda não é atrativo p/ mercado de peças roubadas, além do custo da moto que acaba intimidando até os assaltantes.
Se alguém roubar uma dessas pode ter certeza de que não é ladrão profissional.

Quanto ao custo Brasil, tem uma carga de impostos absurda, mesmo assim pelo que oferece tem muita gente que paga, sem contar os planos malucos de pagamento.

Entendo que pagar uma de cara tem de ter muita coragem, já no caso de upgrade psicologicamente não se sente tanto.

RicBoris
21-09-2013, 01:57
Concordo Ric, e acrescento; ao reduzir o preço não necessariamente a moto passará a ser popular - seria uma redução para trazer o preço para níveis mais razoáveis, o que inclusive já acontece no resto do mundo. Assim como temos aqui o Iphone mais caro do mundo, de repente temos também a GS1200 mais cara... (Um exemplo da redução foi quando a 800 passou a ser montada no Brasil o preço reduziu significativamente).

Sei que isso não depende exclusivamente da montadora, mas do que o governo cobra também. O fato é que uma redução abriria ainda mais o mercado brasileiro que é extremamente promissor sem comprometer o status associado a marca. Estou nessa torcida.
Abs,


É exatamente este o ponto! A rainha das bigtrail não perderia o seu trono mesmo que seu valor caísse para o patamar das concorrentes (Tiger 12 e ST).

shw
21-09-2013, 12:32
Esta moto é a perfeição das motos em que o dinheiro pode comprar hahah