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Pessoal, acho este tema bem interessante, mas de fato não tinha lugar no tópico onde foi originado.
Assim, decidi mover os posts sobre este tema para este novo tópico.
Assim a conversa lá segue sobre motos e aqui sobre o Brasil.
Desculpe-me profCarlos,mas não sou partidário da não reação.
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(+_+)
Concordo.
De tanto "não reagirmos" é que a coisa está no pé que está.
No caso de assalto a mão armada, até concordo, pois o que está em jogo é a sua vida.
Mas de resto, nós brasileiros somos muito acomodados.
Seja ao exigir seus direitos de consumidor, seja ao não deixar o "espertinho" furar a fila na sua frente, seja não se interessar por política.
Existe um ditado que diz: "Quem cala consente".
Eu já bati o carro duas vezes, por não deixar um FDP que vinha cortando todo mundo pelo acostamento, entrar na minha frente, quando apareceu uma ponte e o acostamento acabou.
Também já coloquei o meu carro no acostamento e fui acompanhando exatamente o passo do resto da fila, so para f.... os FDP que queriam passar todos pelo acostamento.
Tenho um ódio mortal de "espertinhos" e "malandros".
Mas enfrentar todos sozinho é complicado e dificilmente se acha alguem disposto a comprar uma briga pelo que é certo.
Reclamar dos que fazem errado todos reclamam.
Mas tomar uma atitude para mudar isso, poucos tomam.
A desculpa sempre é a mesma: -"Ah, deixa prá lá. Não vale a pena arrumar confusão por causa disso".
Pois eu digo que vale sim!
@Carlos
Como disse, o curso era para motoristas de celebridades e V.I.P. então sua suposição está correta. São na grande maioria das vezes carros blindados.
O objetivo do treinamento era ensinar aos pilotos como escapar de uma emboscada ou tentativa de sequestro.
A parte mais legal é quando, após descontrolar o veículo da frente, meu tio dava ré de repente um cavalo de pau e saia de pinote na direção oposta :)
sal silva
19-08-2017, 11:32
Concordo.
De tanto "não reagirmos" é que a coisa está no pé que está.
No caso de assalto a mão armada, até concordo, pois o que está em jogo é a sua vida.
Mas de resto, nós brasileiros somos muito acomodados.
Seja ao exigir seus direitos de consumidor, seja ao não deixar o "espertinho" furar a fila na sua frente, seja não se interessar por política.
Existe um ditado que diz: "Quem cala consente".
Eu já bati o carro duas vezes, por não deixar um FDP que vinha cortando todo mundo pelo acostamento, entrar na minha frente, quando apareceu uma ponte e o acostamento acabou.
Também já coloquei o meu carro no acostamento e fui acompanhando exatamente o passo do resto da fila, so para f.... os FDP que queriam passar todos pelo acostamento.
Tenho um ódio mortal de "espertinhos" e "malandros".
Mas enfrentar todos sozinho é complicado e dificilmente se acha alguem disposto a comprar uma briga pelo que é certo.
Reclamar dos que fazem errado todos reclamam.
Mas tomar uma atitude para mudar isso, poucos tomam.
A desculpa sempre é a mesma: -"Ah, deixa prá lá. Não vale a pena arrumar confusão por causa disso".
Pois eu digo que vale sim!
@Carlos
Como disse, o curso era para motoristas de celebridades e V.I.P. então sua suposição está correta. São na grande maioria das vezes carros blindados.
O objetivo do treinamento era ensinar aos pilotos como escapar de uma emboscada ou tentativa de sequestro.
A parte mais legal é quando, após descontrolar o veículo da frente, meu tio dava ré de repente um cavalo de pau e saia de pinote na direção oposta :)
Ice,meu motorista fez esse curso ai que tu falou, pior foi ter que pagar 5 dias de hospedagem e passagem aérea para Alemanha.:mad::p
Isso que voce falou de espertinhos por ai eu também odeio, parei de andar de carro por causa disso, já arrumei confusão algumas vezes e quase bati o carro por causa de um esperto que quis me passar pelo acostamento. Agora, de moto, na minha cidade é irritante, os caras fazem questão de andar grudado e tirar fina. Quando não aguento mais a ponto de querer me atracar com um cínico destes, pego minha bike kkkk. No banco se o cara fura a fila e tu reclama, fica no vácuo, as pessoas se fazem de tontas e não te apoiam. Medo? Ditadura? Estamos sozinhos... Já vivi lá fora e lá quando voce faz alguma coisa errada a população vai pra cima e a pessoa é repreendida ou detida na hora. É por isso que temos um Pais assim, infelizmente não vejo luz no fim do túnel, é só mimimi,reclames. Na verdade o Brasileiro se faz de morto para comer o rabo do defunto.Sempre foi assim,mas piorou muito.
profCarlos
21-08-2017, 09:38
Concordo.
De tanto "não reagirmos" é que a coisa está no pé que está.
No caso de assalto a mão armada, até concordo, pois o que está em jogo é a sua vida.
Mas de resto, nós brasileiros somos muito acomodados.
Seja ao exigir seus direitos de consumidor, seja ao não deixar o "espertinho" furar a fila na sua frente, seja não se interessar por política.
Existe um ditado que diz: "Quem cala consente".
Eu já bati o carro duas vezes, por não deixar um FDP que vinha cortando todo mundo pelo acostamento, entrar na minha frente, quando apareceu uma ponte e o acostamento acabou.
Também já coloquei o meu carro no acostamento e fui acompanhando exatamente o passo do resto da fila, so para f.... os FDP que queriam passar todos pelo acostamento.
Tenho um ódio mortal de "espertinhos" e "malandros".
Mas enfrentar todos sozinho é complicado e dificilmente se acha alguem disposto a comprar uma briga pelo que é certo.
Reclamar dos que fazem errado todos reclamam.
Mas tomar uma atitude para mudar isso, poucos tomam.
A desculpa sempre é a mesma: -"Ah, deixa prá lá. Não vale a pena arrumar confusão por causa disso".
Pois eu digo que vale sim!
@Carlos
Como disse, o curso era para motoristas de celebridades e V.I.P. então sua suposição está correta. São na grande maioria das vezes carros blindados.
O objetivo do treinamento era ensinar aos pilotos como escapar de uma emboscada ou tentativa de sequestro.
A parte mais legal é quando, após descontrolar o veículo da frente, meu tio dava ré de repente um cavalo de pau e saia de pinote na direção oposta :)Caro Ice, para eu compreender a sua linha de pensamento, acho legal separar os assuntos, sendo o primeiro a discussão sobre qual a melhor forma de reagir a um assalto e derrubar a moto dos assaltantes, onde concordamos.
"No caso de assalto..."
E o segundo: "Mas de resto..."
Desculpe-me mas perdi a parte do post que tratava da necessidade em reagirmos a outras situações que envolvem o não cumprir com leis e normas sociais, excuindo o caso de assalto.
Minha análise sobre este aspecto é que nossa sociedade, nestes casos, ainda tem muito para se desenvolver, ouso indicar que as causas (considero que são muitas) para que isto demore para ser melhorado são: educação (ou falta), a impunidade e a injustiça.
Embora sua fala considere que eu não acho correto reagir a determinados fatos e ações que permeiam nossas normas (tácitas ou implícitas) sociais, eu me posiciono e em alguns casos de forma contundente. E também me incomoda a inércia das pessoas frente a injustiças, mas principalmente frente ao relativismo.
Assim, percebo que fora as ações, que variam entre as pessoas, estamos plenamente de acordo.
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Alxcastro
21-08-2017, 10:22
Após tantos comentários, muitos deles bem interesaabtes, gostaria de enfatizar alguns pontos :
Primeiramente a questão não está no fato de ficar sem moto, mesmo porque a maioria de nós (assim como eu) possui seguro total do bem (me refiro a seguro e não Suhai, ok?). No entanto , ultimamente, entregar o bem não significa sair ileso. São vários os relatos de colegas motociclistas alvejados mesmo após entregar pacificamente sua moto.
A questão aqui colocada visa a evasão do local, mantendo a integridade física.
Em segundo lugar, eu integro o crescente grupo que atribui parte do estado atual de coisas àquilo que costumo chamar de Passividade Patológica. A maioria da bandidagem, principalmente os novatos, parte para as suas ações com a certeza de que encontrará pessoas sem reação, reforçado pela propaganda do "nunca reaja". O dia em que isso mudar (como pela possibilidade do cidadão de bem se armar, por exemplo) as coisas tendem a se modificar. Nao totalmente, mas do jeito que está não ficará.
Esta correlação entre intenção e passividade é tão causal que muitos bandidos conseguem lograr êxito apenas no grito e/ou na suposta presença de uma arma. Sabemos muito bem que apenas um dedo por baixo da blusa tem causado efeito.
Por fim digo que não acredito que sociedade Brasileira mude em menos de cinquenta anos,pois o estrago no pensamento coletivo já está feito.
Independentemente de qualquer coisa, eu continuarei a investigar (tecnicamente) a melhor forma de não passar pelo que passaram ao motociclistas que perderam as suas vidas.
Se for pra morrer com uma bala, vou morrer sem deixar barato pra quem fez.
Esta é a minha forma frente ao tema.
Boa semana a todos.
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Caro Ice, para eu compreender a sua linha de pensamento, acho legal separar os assuntos, sendo o primeiro a discussão sobre qual a melhor forma de reagir a um assalto e derrubar a moto dos assaltantes, onde concordamos.
"No caso de assalto..."
E o segundo: "Mas de resto..."
Desculpe-me mas perdi a parte do post que tratava da necessidade em reagirmos a outras situações que envolvem o não cumprir com leis e normas sociais, excuindo o caso de assalto.
Minha análise sobre este aspecto é que nossa sociedade, nestes casos, ainda tem muito para se desenvolver, ouso indicar que as causas (considero que são muitas) para que isto demore para ser melhorado são: educação (ou falta), a impunidade e a injustiça.
Embora sua fala considere que eu não acho correto reagir a determinados fatos e ações que permeiam nossas normas (tácitas ou implícitas) sociais, eu me posiciono e em alguns casos de forma contundente. E também me incomoda a inércia das pessoas frente a injustiças, mas principalmente frente ao relativismo.
Assim, percebo que fora as ações, que variam entre as pessoas, estamos plenamente de acordo.
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Prezado Prof. Carlos.
Meu comentário não foi de forma alguma dirigido à, ou sequer pensando em, sua pessoa específicamente.
Meu entendimento foi de que sua disposição de "não reagir" era específicamente no caso de assalto, no que mais uma vez concordamos.
No mais foi só um desabafo sobre a frustração que sinto em relação ao futuro deste país, com a atual crise moral e ética que atravessamos.
Acho até que o Alexandre foi otimista, quando falou em 50 anos, o que seriam menos de duas gerações.
Enquanto o brasileiro continuar se gabando de ter furado a fila, de ter conseguido uma carteira de estudante falsa, de arrumar um "aparelhinho" que destrava todos os canais da TV a cabo, de ter pago somente 1 cereveja no bar (apesar de ter tomado 10), não vejo como este país dar certo.
Note que eu enfatizei a palavra "GABANDO", porque este é um fator fundamental.
Eu já morei na Eurpoa e posso dizer que também tem "espertinho" por lá.
A diferença crucial, e que eu considero a raiz dos nossos problemas, é que o cara lá faz uma coisa errada, morrendo de medo de algúem descobrir, pois seria a maior vergonha.
Aqui, o cara faz uma coisa errada e a primeira provindencia é postar nas redes sociais, para todo mundo ver como ele é "esperto" e se deu bem (famosa "Lei de Gerson").
Como este exemplo passa de pai para filho, creio que serão necessárias mais do que duas gerações para resolver este problema.
Claro que nem todo brasileiro é a ssim, mas infelizmente creio que ainda é uma parcela significatíva da população.
sal silva
21-08-2017, 20:32
Prezado Prof. Carlos.
Meu comentário não foi de forma alguma dirigido à, ou sequer pensando em, sua pessoa específicamente.
Meu entendimento foi de que sua disposição de "não reagir" era específicamente no caso de assalto, no que mais uma vez concordamos.
No mais foi só um desabafo sobre a frustração que sinto em relação ao futuro deste país, com a atual crise moral e ética que atravessamos.
Acho até que o Alexandre foi otimista, quando falou em 50 anos, o que seriam menos de duas gerações.
Enquanto o brasileiro continuar se gabando de ter furado a fila, de ter conseguido uma carteira de estudante falsa, de arrumar um "aparelhinho" que destrava todos os canais da TV a cabo, de ter pago somente 1 cereveja no bar (apesar de ter tomado 10), não vejo como este país dar certo.
Note que eu enfatizei a palavra "GABANDO", porque este é um fator fundamental.
Eu já morei na Eurpoa e posso dizer que também tem "espertinho" por lá.
A diferença crucial, e que eu considero a raiz dos nossos problemas, é que o cara lá faz uma coisa errada, morrendo de medo de algúem descobrir, pois seria a maior vergonha.
Aqui, o cara faz uma coisa errada e a primeira provindencia é postar nas redes sociais, para todo mundo ver como ele é "esperto" e se deu bem (famosa "Lei de Gerson").
Como este exemplo passa de pai para filho, creio que serão necessárias mais do que duas gerações para resolver este problema.
Claro que nem todo brasileiro é a ssim, mas infelizmente creio que ainda é uma parcela significatíva da população.
To com o Ice ,quem não se lembra do "Ator"Caio Castro(acho que é esse o nome do global),saiu viajando o mundo praticando esportes radicais.Nos EUA quebrou o dedo da mao,foi hospitalizado tratado e cobrado em acho que 12 mil dólares(lá é caro mesmo).O esperto fugiu do hospital sem pagar a conta e ainda escreveu esse belo exemplo no livro de fotos que ele lançou após a viagem.Saiu em todos os lugares, mídia etc,a esperteza do cara.
Segue o tópico.
profCarlos
22-08-2017, 00:25
Caro Ice e Sal Silva, concordo plenamente que infelizmente é muito complicada esta nossa realidade, e cujos fatos estão evidenciados nos últimos anos. Digo isto pois, temos um legado histórico de circunstâncias aéticas que vem desde a nossa colonização. Nosso legado cultural ético não vem dos índios ou dos escravos, o que é uma pena! Mas sim da "nobreza e elite" portuguesa, holandesa e francesa, que nos idos de 1500/1580 aqui se fixou e que reproduziram na sua colônia o que era de costume em seus países. Entretanto, lá nos países deles houve um processo "evolutivo" (fruto de vários anos para a construção do conceito de nação não de colonia, de cidadania e não de colonizado) cujo efeito se vê até hoje e segue sendo aperfeiçoado.
Assim, todos os exemplos dados por ambos é de uma solidez e acertividade ímpar! Sou-lhes muito grato por seguirem na conversa.
Sim, nossa realidade é de dar náuseas a qualquer um que, por educação familiar ou por contato com culturas que são refratárias a injustiça, a impunidade ou a uma justiça seletiva ou por todas elas somadas.
Porém, apesar de concordar com o Ice de que serão necessários mais de 50 anos para evoluirmos em nossas questões de cidadania, valores e justiça, creio (penso que concordamos) que não poderemos virar as costas para a juventude sem nos posicionarmos, claro que isto cansa, mas com carinho e exemplos e discussões seremos capazes de contribui para transformar esta realidade. Não, não me considero um polaina, mas tenho visto exemplos, inclusive de onde menos se espera, de sérias transformações sociais. Um dos exemplos da importância deste processo, que tem que ser aperfeiçoado, mas foi combatido durante muito tempo foram as cotas sociais para alunos, finalmente, depois de quase 15 anos de negação, os resultados estatísticos mostraram sua verdade. Dei aula para cursos de engenharias e era maravilhoso o processo de integração e superação de todos os alunos, a tal ponto de hoje ter ex alunos em cargos de gerência. Sim, é uma minoria mas imaginem se fosse uma maioria!
Ops! Agora eu me peguei em um momento que na academia chamamos de narrativa de vida, e estou certo que este não é o melhor ambiente e nem a proposta do blogue. Desculpem-me, moderador e demais colegas.
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Conocrdo com o colega Prof. Carlos, que a sacanagem com o Brasil já vem de longa data.
Se o José Bonifácio, o inepto D. Pedro, e os inglêses não tivessem boicotado o Barão de Mauá, o Brasil seria hoje um país de primeiro mundo, provavelmente até à frente dos EUA e de alguns países da Europa.
sal silva
22-08-2017, 09:44
Conocrdo com o colega Prof. Carlos, que a sacanagem com o Brasil já vem de longa data.
Se o José Bonifácio, o inepto D. Pedro, e os inglêses não tivessem boicotado o Barão de Mauá, o Brasil seria hoje um país de primeiro mundo, provavelmente até à frente dos EUA e de alguns países da Europa.
Concordo com os colegas que isso aqui sempre foi uma zona,mas tenho a ligeira impressão que involuimos mais ainda,basta ver as noticias absurdas a cada dia que passa.Eu pelo menos recebi uma educação de não roubar a caneta bonita do colega na escola,pedir licença para passar,dizer obrigado,nao caluniar os outros e tantos outros valores.Nao sei de onde meus Pais e Avos tiraram isso,mas sei que foi em um passado bem próximo.Tivemos tudo para melhorar mas pioramos.
Desculpem,mas o momento em que o Pais esta passando não tem como não falar em ética,fundamental na evolução do Braziliun Homenes.rs
sal silva
22-08-2017, 09:54
Protesto,no exercício pleno da Democracia exijo minha pintada.:p
[EDIT] Protesto registrado e negado. Contúdo, no exercício pleno dos meus poderes de moderador, eu editei seu comentário, para uma maior acertividade. :p
Como o nobre moderador editou o comentário do nobre colega Sal Silva , estou editando este comentário já que com as modificações ele ficou fora de contexto . abs .
profCarlos
22-08-2017, 10:53
Vou pedalar...https://uploads.tapatalk-cdn.com/20170822/158ab67b9356e38dc97f637d6111688d.jpg
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sal silva
22-08-2017, 11:52
Vou pedalar...https://uploads.tapatalk-cdn.com/20170822/158ab67b9356e38dc97f637d6111688d.jpg
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Pelo amor de Deus Professor,mais pedaladas a gente não aguenta.kkkkkk
Pedalar com Heineken é fácil quero ver pedalar com Itaipava rsrs( sem maldade professor ).
Luis Plein
22-08-2017, 20:39
Por onde vai passar, Prof.?
Boa noite rapazes, entrei nesse grupo para falar e ouvir sobre MINHA GS 1200 Adv, porém impossível dar um pitaco sobre este assunto. No caminho de casa no final do dia Passo diariamente por um bairro um pouco menos favorecido e vejo que as pessoas lá não tem nem de longe as mesmas condições de quem vive nos grandes centros. Lá não tem calçada, as ruas são de paralelepípedo esburacadas, só para exemplificar o que é visível. Na minha modesta opinião não é questão de caráter, é questão de oportunidade e de uma monstruosa desigualdade. Esta é a minha história.
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sal silva
23-08-2017, 20:13
Boa noite rapazes, entrei nesse grupo para falar e ouvir sobre MINHA GS 1200 Adv, porém impossível dar um pitaco sobre este assunto. No caminho de casa no final do dia Passo diariamente por um bairro um pouco menos favorecido e vejo que as pessoas lá não tem nem de longe as mesmas condições de quem vive nos grandes centros. Lá não tem calçada, as ruas são de paralelepípedo esburacadas, só para exemplificar o que é visível. Na minha modesta opinião não é questão de caráter, é questão de oportunidade e de uma monstruosa desigualdade. Esta é a minha história.
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Verdade colega,a desigualdade é uma realidade.As vezes encontramos pessoas muito inteligentes que não tiveram oportunidade de estudar,mas também tem muita gente que não quer nada com a hora do Brasil,ou seja, quer tudo de mao beijada.Salários de miséria contribuem para a criminalidade,tem muita gente trabalhadora que nunca sai da miséria,isso é revoltante,ai vem o traficante e oferece um mundo de sonhos para os filhos dessa gente.complicado
[emoji106][emoji106]
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Concordo que falta de oportunidade pode até levar uma pessoa a roubar por necessidade, mas não leva uma pessoa de "carater" a ser "espertinho".
Tem "esperto" em todas as classes sociais. Acho até que tem menos nas classes menos favorecidas.
Pelo que pude observar , ao longodos meus 55 anos, as pessoas mais humildes geralmente são até mais solidárias e se preocupam mais com o bem estar do próximo do que as pessoas mais "favorecidas".
O problema do brasileiro é que a culpa nunca é dele, sempre de outras pessoas ou instituições.
Se o cara é pobre, não é porque matou aula na infãncia para ir jogar bola, ou deixcou de estudar para ir a baile Funk. É sempre culpa da "sociedade".
Conheço exemplos de gente sem recursos, mas que mesmo assim se esforçou e conseguiu quebrar o ciclo da miséria.
Como também conheco "filinho de papai" que virou um zero a esquerda.
Há algum tempo atrás, eu encontrava todo dia (fizesse Sol ou chuva) um cara no mesmo farol vendendo balas (aqueles caras que penduram o saco no retrovisor).
Pensei comigo mesmo: -"Esse cara é bem esforçado. Acho que vale a pena dar uma chance para o garoto (devia ter lá seus 19-20 anos)"
E oferecí a ele um emprego na minha empresa, inicialmente como ajudante geral na fábrica, mas dependendo do seu desempenho, poderia iniciar ali uma carreira promissora, aprender uma profissão etc.
A minha decepção foi tremenda quando ele me respondeu: -"Ah não, ganho mais aqui vendendo balas e trabalho menos".
Ou seja: Jogou fora a oportunidade de aprender uma profissão e subir na vida.
Aposto que hoje está com seus 30 anos, mas ainda no farol vendendo balas.
Agora vai me dizer que foi falta de oportunidade? Foi culpa da sociedade? Ou foi o cara que não teve visão, foi imediatista e escolheu o caminho mais fácil?
Garanto que para a maioria aqui as coisas não cairam do céu.
Talvez tenhamos tido mais oportunidades sim, mas tivemos o bom senso de agarrar estas oportunidades e aproveitá-las.
É aquela velha estória: -"Todo mundo só vê as cachaças que eu tomo, os tombos ninguem vê", ou seja, todo mundo me vê andando de BMW hoje, mas o quanto eu ralei para chegar até aqui, ninguem quer saber.
Alxcastro
24-08-2017, 08:58
Bom dia.
É difícil a avaliação de nossa sociedade sem considerar fatores antropológicos e culturais.
Efetivamente as dificuldades típicas da origem pobre, stricto sensu, não está correlacionada à violência. Esta é uma mentira criada por aqueles aos quais chamo "Pessoal das Ciências Humanas/Sociais Aplicadas à Justificativa". Um mote Russeauniano usado como justificativa fácil.
Por exemplo, numa avaliação mais elaborada da população carcerária, é possível concluir que a maioria nunca se recuperará. Não pelo fato da ausência de condições de recuperação do sistema prisional, mas sim por haver suficientes questões do caráter (fisiológicos, estruturais, ordem de consciência) que manterão o indivíduo na busca pelo menor e mais fácil caminho, não se importando com as consequências à outrem. Ou seja, o crime a delinquência. Some-se a isso questões de ideologia política e demais interesses, e temos como resultado o caos.
A pequena fração de recuperáveis é perceptível, seja em entrevista sociológica ou observação do comportamento perante o grupo. O indivíduo que cometeu crime por razões circunstanciais e não pelas distorções do caráter, de fato no foro íntimo, nunca se recuperará da vergonha perante família e sociedade, ainda que cumpra sua pena da forma estabelecida. Tipicamente passará tempo significativo da vida que resta num constante conflito entre a vontade de apresentar uma contrapartida e a necessidade de viver plenamente. Este será sim um sofredor e agarrará todas as oportunidades de viver digna e honestamente. Repito: são poucos.
A mesma lógica racional/analítica se estende aos indivíduos com quem lidamos todos os dias, nos mais diversos grupos sociais dos quais participamos, ainda que não sejam delinquentes formais, seja pela falta de oportunidade seja pela perspicácia em ocultar o que fazem. Neste grupo, está grande parte de indivíduos com boa capacidade de articulação política (quase todos os agentes políticos), estrategistas corporativos, funcionários públicos em cargos de confiança, lobistas e pessoal da magistratura (isso mesmo, magistratura).
Percebam que são aqueles que tem a certeza de pertencer a uma casta superior, não fundamentada no conhecimento e honestidade mas sim na malandragem e certeza da blindagem institucional e espírito de corpo. Antes que alguém se sinta representado e desponte a sua "indignação", quero enfatizar que é a parte significativa de indivíduos destes grupos e não especificamente todos os presentes nos grupos, OK ?
Por outro lado como resultado de nossa necessidade de lidar com estes aspectos, nós (seres honestos, gente comum) desenvolvemos uma pesada/custosa capacidade de administrar o conflito com a sociedade que possui o DNA dos indivíduos que citei acima , suportando níveis de stress e descontentamento além dos que poderíamos prever. Basta parar um pouco e refletir o quanto você se desdobra em itens e ação de proteção, no trabalho árduo, no stress da indignação, no esforço pelo equilíbrio familiar etc. Continuamos a agir como contribuintes responsáveis, participamos de eleições, contemporizamos os problemas e vivemos numa constante campanha de autoproteção. Somos assim poucas ovelhas pastoreadas por lobos.
No aspecto pessoal, me considero um exilado ou prisioneiro. Não estranhem se daqui a algum tempo, surgirem brasileiros empreitando pedidos de asilo político em outros países, tendo como justificativa, as condições adversas de nossa sociedade. Será difícil, pois a maioria dos estrangeiros não tem a menor capacidade de compreender o nosso cenários. Vejo isso todos os dias na lida com parceiros globais.
Deixei o estado em que nasci e cresci (Rio de Janeiro) por nunca ter me adaptado às nuances culturais típicas (o que os NA denominam "way of life"); simplesmente cansei do conflito cotidiano na lida com a malandragem no trabalho, no transito, no transporte e até na conversa com vizinhos. Cansei de ver gente achando que tudo se resolverá após um final de semana com muita praia e cerveja. É um aspecto cultural e o resultado fala por si, vemos na imprensa todos os dias.
Migrei para SP no início dos anos 2000 e, hoje em dia, já me considero na última fronteira, pois as coisas também já ultrapassam o limite do aceitável por aqui.
Sinceramente não considero mais válido discutir o BR, até pela razão que apresentei acima. É uma opção pessoal, uma decisão fundamentada e racional.
Não acredito em nossa sociedade, seus valores e princípios.
Minhas filhas estão a caminho da universidade no exterior, e eu aguardo o final de meu doutorado para migrar de forma análoga ao que fiz em 2002.
Pagando 27,5% pelas remessas e com declaração de saída definitiva para a receita federal.
Bom dia a todos.
AC.
sal silva
24-08-2017, 09:00
Concordo que falta de oportunidade pode até levar uma pessoa a roubar por necessidade, mas não leva uma pessoa de "carater" a ser "espertinho".
Tem "esperto" em todas as classes sociais. Acho até que tem menos nas classes menos favorecidas.
Pelo que pude observar , ao longodos meus 55 anos, as pessoas mais humildes geralmente são até mais solidárias e se preocupam mais com o bem estar do próximo do que as pessoas mais "favorecidas".
O problema do brasileiro é que a culpa nunca é dele, sempre de outras pessoas ou instituições.
Se o cara é pobre, não é porque matou aula na infãncia para ir jogar bola, ou deixcou de estudar para ir a baile Funk. É sempre culpa da "sociedade".
Conheço exemplos de gente sem recursos, mas que mesmo assim se esforçou e conseguiu quebrar o ciclo da miséria.
Como também conheco "filinho de papai" que virou um zero a esquerda.
Há algum tempo atrás, eu encontrava todo dia (fizesse Sol ou chuva) um cara no mesmo farol vendendo balas (aqueles caras que penduram o saco no retrovisor).
Pensei comigo mesmo: -"Esse cara é bem esforçado. Acho que vale a pena dar uma chance para o garoto (devia ter lá seus 19-20 anos)"
E oferecí a ele um emprego na minha empresa, inicialmente como ajudante geral na fábrica, mas dependendo do seu desempenho, poderia iniciar ali uma carreira promissora, aprender uma profissão etc.
A minha decepção foi tremenda quando ele me respondeu: -"Ah não, ganho mais aqui vendendo balas e trabalho menos".
Ou seja: Jogou fora a oportunidade de aprender uma profissão e subir na vida.
Aposto que hoje está com seus 30 anos, mas ainda no farol vendendo balas.
Agora vai me dizer que foi falta de oportunidade? Foi culpa da sociedade? Ou foi o cara que não teve visão, foi imediatista e escolheu o caminho mais fácil?
Garanto que para a maioria aqui as coisas não cairam do céu.
Talvez tenhamos tido mais oportunidades sim, mas tivemos o bom senso de agarrar estas oportunidades e aproveitá-las.
É aquela velha estória: -"Todo mundo só vê as cachaças que eu tomo, os tombos ninguem vê", ou seja, todo mundo me vê andando de BMW hoje, mas o quanto eu ralei para chegar até aqui, ninguem quer saber.
Verdade Nobre colega Ice,as Empresas como a sua salvam o Brasil de muito desemprego e sofrimento. Voce está certo, depois do Presidente que nunca estudou e ficou bilionário, o exemplo de conseguir as coisas no mole cresceu mais ainda.Nao vou comparar a maneira que o Brasileiro trabalha,mas te digo que é bem diferente dos Italianos. Por exemplo(Trabalho é trabalho,falar do Faustao,Brincadeiras só depois do trabalho rs).Já trabalhei em grandes empresas aqui no Cais de Santos e sei que a diferença de Salarios de um gerente,diretores etc e um outro cargo é abissal. Cultura Nacional? Herança do escravagismo? Quantos conseguem poucos cargos de destaque em uma empresa mesmo se esforçando? Se o Brasil fosse um Pais de oportunidade Cubano e Haitiano não se pirulitariam daqui,querendo ir para o EUA rs.Muitos Brasileiros conseguem ter uma vida digna,vieram de baixo,se esforçaram,mas são uma pequena minoria,a maioria acaba padecendo na praia.
Meu pai foi um Imigrante que veio só com a profissão de marceneiro em uma Italia falida no pós guerra. Virou um pequeno comerciante criou seus filhos dando do bom e do melhor, dando dignidade a sua família, trabalhando muito, mas muito mesmo. Nao saberia te dizer se fosse nos dias de hoje se ele teria conseguido.
Seu filho também é bem sucedido, trabalha escrevendo besteira em um forum de moto.kkkkk
profCarlos
24-08-2017, 17:52
Ao ler estes post um menos culto diria:
- Que bando de socialista.
Adorei cada palavra posta, cada subjetividade e objetividade, por conta da minha origem ter sido muito pobre, fui criado em vila. Meus pais são semianalfabetos e me ensinaram muito e nunca acreditei em meritocracia, pois vi e reconheço o que muitos fizeram por mim, claro que tive minha parte de esforço, mas muitos Ice apareceram em minha vida e eu tinha uma estrutura familiar que me impulsionava para a lógica de que o sucesso na vida era ter um emprego "trabalhar fichado". Mas, também tive meus momentos de engraxate de sapatos, vender vassora de palha nas ruas, trabalhar no armazém do português, e ser ajudante de pedreiro. Enfim, hoje sou, como minha querida mãe fala, doutor sem ser médico, e quando estudo sobre a meritocracia mais tenho certeza de que estava certo. Nunca pude competir em pé de igualdade com o colegas de escola que tinham uma invejável estrutura familiar que lhes propiciava (acho e sempre achei legítimo, se não for fruto de contravenção) para estudar. Assim, estamos falando de esforço próprio e não de meritocracia, estamos falando de possibilidades de escolhas, de visão de mundo e de homem, de sociedade.
Pois bem, lanço aqui algumas reflexões a respeito de uma ou outra premissa levantada:
- seguindo a corrente da psicologia estruturada por Freud, a psicanálise, a personalidade sofre a influência do temperamento (a grosso modo é de ordem biológica) e do caráter (elementos oriundos do nosso meio social e que nos dão referencias) assim, a personalidade é definida como a organização das emoções, a conduta que tomamos frente a uma realidade. Logo, se o meu meio afirma que tenho que trocar de moto a cada ano, que tenho que ter três motos (apesar de, particularmente o número é quatro), vou analisar estas falas segundo os elementos: caráter e temperamento. Imaginem, então um garoto morador de uma comunidade onde a polícia faz as abordagens mais violentas em comparação com um garoto do Morumbi. Esta é o enorme nó de uma sociedade injusta, eletista e cujos representantes dão de costas para esta realidade, pois vivem em um ambiente fantasioso e umbilical. Com isto, transferem à nós muitas das responsabilidades sociais que, na verdade, deveriam ser realizadas por políticas públicas inclusivas.
- se a lógica do capitalismo é ganhar dinheiro, independentemente da profissão o vendedor de bala tem lá a sua razão.
Passam por mim, todo semestre, jovens que são categóricos ao dizerem que estão completamente perdidos, pois ouvem daqueles que os amam que ser felizes e que dinheiro não é tudo (compre uma GS-1200, tudo bem pode ser uma GSA e viage pelo mundo) mas que por outro lado que eles tem que se formar e ser bem sucedido em um bom emprego (se é que, na plenitude existe algum, assim como as famílias).
- não estudar e ser milhonário é o que mais vejo, também tive o dissabor de conheçer alguns que chegam a comprar diplomas nas "fafufonhas" e são negociados diretamente com os empresários da educação. E tem ainda os que todo ano são processados pelo ministério público por comprar vagas ou gabaritos nos cursos de medicina, dentre outros.
E, para complementar a fala do Sal Silva, é muito pior termos um ex-presidente e que é doutor e que comprou um apartamento na Av. Fuch em Paris (devidamente comprovado, escriturado e frequentado), e que custa, hoje, €11.000.000. Se for somada a renda de professor e de presidente não seria possível fazê-lo.
-possibilitar que as filhas estudem fora do país e se permitir ser um cidadão do mundo, mesmo que impulsionado pelos problemas sócio económicos do país é extremamente lógico e aceitável. Desde de que siga andando de moto, kkkkkkkk
Caros, como bem agiu o Ice, sim, temos que olhar a nossa volta e oferecer oportunidades, mesmo que uma palavra ou um exemplo e dizer não ao relativismo barato que nos foi, por muito tempo imposto.
Grande abraço, pois vou relaxar e curtir a vida dando uma aula no mestrado.
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