Postado originalmente por
Golias
Caros amigos, agradeço a confiança que depositam nas minhas opiniões. Mas olhem que às vezes podem estar erradas e nesses casos agradeço que as corrijam p.f.
Quanto a esta questão, a Pressão do Pneus, o melhor é seguir as indicações do construtor.
No entanto, a variação na pressão dos pneus é utilizada para alterar as condições de aderência dos pneus ao solo.
Dentro de certos limites, e de uma forma geral, baixar a pressão, aumenta a área de contacto entre os pneus e o solo e aumentar a pressão, diminui essa mesma área.
É muito conhecida por todos a manobra de baixar a pressão para andar na areia, o que na prática se faz, é aumentar a superfície de contacto com o piso arenoso, e assim melhorar a tração nessa superfície difícil.
Também em pista, a afinação da pressão dos pneus é muito importante, pois permite optimizar o compromisso entre, a transmissão da potência do motor, das forças de travagem e centrífugas ao chão e o atrito à deslocação que o aumento da superfície de contacto implica. Este atrito, para além de travar a progressão da mota, provoca também o aumento da temperatura do pneu, que, se ultrapassar os limites admissíveis, pode provocar a destruição do mesmo.
Quando a superfície do solo está molhada, já existe alguma vantagem em aumentar a pressão, diminuindo a superfície de contacto com o solo, atrasando assim o aparecimento do fenômeno de aquaplanagem.
Os melhores pilotos têm verdadeiros tratados científicos sobre esta questão e assim conseguem uma afinação perfeita desta variável, em função do desenho da pista, da temperatura da mesma e do ambiente, das condições meteorológicas, do tipo de pneu e muito importante também, do peso do próprio piloto.
Estas afinações têm sempre um limite, que é a alteração da geometria da estrutura interna do pneu, que se estiver demasiado vazio fica muito mole, tornando instável a condução, podendo provocar mesmo a saída do pneu da jante e se estiver demasiado cheio, fica muito rijo, não conseguindo absorver as irregularidades do pavimento e apresentado uma superfície de contacto com o solo muito diminuta.
A pressão dos pneus também tem muita relevância no desgaste dos mesmos, se estiverem muito cheios vão ficar mais gastos no meio, se estiverem pouco cheios vão ficar, em princípio, mais gastos nos flancos.
Nas BMW’s, com motores boxer, o desgaste dos pneus também é influenciado pela inercia da rotação do motor, provocando um desgaste, não uniforme, de cada um dos flancos dos pneus. Este fenômeno é mais visível no pneu dianteiro.
Para se conseguir os melhores compromissos, quem tiver paciência, terá de experimentar variar a pressão e tirar notas quanto ao comportamento da mota nas situações que se pretendem melhorar.
Quem não tiver paciência, o melhor mesmo é seguir as recomendações do construtor.
Convém referir que muitas vezes os manômetros das bombas de gasolina, que utilizamos para medir a pressão dos pneus, não estão calibrados, apresentando assim valores pouco confiáveis. Em caso de dúvida, será sempre preferível utilizar os manômetros das casas especializadas em pneus. No meu caso, ao calibrar meus pneus para ficarem com 37(psi) na dianteira e 42(psi) na traseira, costumo informar na bomba de calibragem com 5(psi) a mais para obter a calibragem correta, em resumo, informo na bomba 42 (psi) para a roda dianteira e 47 (psi) para a roda traseira, depois rodo uns 2km afiro pelo painel, vantagem que somente temos no modelo R1200GS Premium
, e caso necessário faço os ajustes para obter a calibragem correta, mas isto dificilmente acontece.
Até breve,
Reinaldo