Pessoal,
Existem diversas técnicas para manter a motocicleta limpa e conservada. “O segredo para a conservação da motocicleta é sempre buscar as soluções corretas, lugares e profissionais de segurança para que os mitos sejam quebrados”, explica.
Anexo 2229
Um destes mitos apresentados pelos motociclistas é que não se deve usar ar comprimido para secar a moto. De acordo com alguns palpites de pessoas mal informadas, essa atividade irá remover a umidade e a sujeira de locais que não temos acesso. O mito surgiu porque muitos motociclistas acreditam que o ar comprimido pode danificar peças sensíveis e sistemas elétricos. Para que isso não ocorra, basta executar o procedimento com atenção e cuidado.
Outro ponto bastante discutido é a despreparação dos lava-rápidos quando se trata de motocicletas, pelo fato de utilizarem equipamentos e produtos altamente prejudiciais. A motocicleta tem exposta uma variedade muito grande de peças sensíveis a jatos de alta pressão e produtos químicos. “A melhor opção de lavagem é com o contato direto com espumas, pois possibilita um cuidado maior com alguns pontos da moto”.
Os equipamentos de lavagem com alta pressão podem comprometer algumas partes da motocicleta, em especial as partes elétricas e o radiador. Quando a moto está muito suja, o jato de alta pressão pode riscar a pintura. Na corrente de transmissão não é aconselhável utilizar, porque faz a sujeira penetrar entre os elos.
É importante saber!
A graxa não é ideal para a lubrificação de corrente de motocicletas, já a grafite só é indicada como lubrificante se for utilizada em sua condição natural.
“Desaconselhável essa prática, pois a graxa funciona como uma cola, que gruda todo tipo de detrito e transforma a corrente em um esmeril. Dessa forma, a grafite pouco vai ajudar. Sem esquecer que a graxa é tão grossa que não consegue penetrar nos elos da corrente, ou seja, muitos lugares ficam sem lubrificação”.
Outro detalhe indispensável é que a lavagem da corrente deve ser periódica, a fim de retirar todo o excesso de lubrificação. O ideal é antes de lubrificar a corrente remover toda lubrificação velha e suja. Os produtos usados para lubrificar a corrente favorecem o acúmulo de areia, pó e sedimentos, que provocam o desgaste por atrito do conjunto.
O mito surgiu principalmente por conta dos produtos utilizados para a lavagem da corrente. Não devemos utilizar desengraxam-te pesados, pois eles prejudicam o metal da corrente. Nem utilizar gasolina, óleo diesel ou querosene puros, porque podem ocasionar o ressecamento dos anéis de borracha das correntes mais modernas.
Esse mito é uma “meia” verdade, pois se for uma corrente com retentores, realmente é melhor não ser lavada, principalmente com solventes, sob-risco de se retirar sua lubrificação original. A corrente comum deve ser lavada e lubrificada.
Prejudica?
A lavagem não estraga, não desgasta, não prejudica em nada a motocicleta. Esse mito surgiu por conta de poucos motociclistas que não gostam de lavar a moto terem a necessidade de justificar suas atitudes. “Muitas pessoas relacionam o excesso de limpeza com ferrugem, o que não tem nada a ver. A umidade que vem das impurezas do ar é que podem danificar a motocicleta”, explicam os especialistas.
O principal causador da ferrugem (oxidação) é o oxigênio, que se encontra em muito maior quantidade no ar do que na água. Na realidade, o excesso de água e umidade não são os responsáveis diretos pelo início da oxidação. É importante ressaltar que com a ação do vento causado pela movimentação da moto e do calor gerado pelo sol e pelo motor, a moto está quase sempre seca e sem umidade. Ocorre que por falta da lavagem e conservação inicia-se um processo de sedimentação de resíduos e micropartículas que ficam incrustados nos materiais, funcionando como pontos retentores de umidade. Se as peças estiverem limpas, a umidade não “conseguirá” iniciar o processo de oxidação. Esse mito surgiu porque as pessoas normalmente associam umidade com ferrugem.
Não devemos lavar a moto com o motor quente?
Na verdade essa história tem a finalidade de prevenir o choque térmico, evitando problemas no bloco do motor. Na prática, é muito difícil ocorrer o choque térmico por se molhar o motor com uma mangueira de jardim, por exemplo. Caso isso fosse verdade, o que aconteceria quando estamos rodando há muito tempo com a moto e começa a chover forte? Para poder acorrer o choque térmico teríamos basicamente que jogar o motor à altíssima temperatura em um recipiente cheio de água de temperatura muito baixa. Podemos sim lavar a moto com o motor quente, basta, por exemplo, começar pelas rodas e ir molhando o motor aos poucos, lentamente, de maneira gradativa, iniciando-se sempre pelas partes mais inferiores.
Não se deve encerar a pintura da motocicleta?
Na realidade o que limpa e protege realmente a motocicleta é a cera, pois só ela remove todos os micros sedimentos depositados na pintura. Esse mito tem um caráter preventivo. Na realidade, muitas ceras automotivas têm alto teor de abrasão e acabam “lixando” demasiadamente o verniz. Para isso não acontecer, basta tomar dois pequenos cuidados: não usar ceras muito abrasivas, e não encerar a moto todas as vezes que lavar.
E o óleo?
“O óleo diesel tem alto teor de enxofre, que é prejudicial para quase todas as peças da moto”, afirmam os especialistas. As lonas e as pastilhas de freio são as mais prejudicadas, elas irão reter a gordura do óleo diesel ficando lisas, brilhantes e “envidraçadas”, perdendo sua eficiência para frenagem. Na maioria das vezes temos que substituí-las por novas.
Eu particularmente na lavagem da minha preta gorda, e já faço isso a anos, costumo utilizar desde o shampoo, a cera, o creme para conservar o vinil e as partes plasticas, sem deixar de lado as flanelas de encerar de microfibras, todos da linha 3M, alias considero estes produtos de alto padrão, tenho certeza que nossas motocicletas merecem .
Até breve,
Reinaldo