SEGURANÇA - Iniciativa BeeMer

[Queirozjh]

Amigos, em função dos ultimos assaltos ocorridos, até com a morte de colegas motociclistas, chegamos num momento que temos que fazer algo. Essa reunião foi iniciativa do BeeMer mas acho importante unir forças, com nosso apoio.

image001.jpg

[sal silva]

Entrei no site da Beemer mas não achei nada,exelente iniciativa desse pessoal,estamos juntos.Gostei do site,o pessoal parece organizado.

[Queirozjh]

Nem precisa de confirmacao com eles, os que puderem ir no dia la na catalbianco, seria interessante. Temos que ser mais ativos. Se alguem for, depois posta o resultado dessa reuniao.

[sbsantos]

Eu me cadastrei no site e confirmei minha presença.
Aproveitando, duas coisas interessantes:
1) vejam essa notícia de hoje: http://www1.folha.uol.com.br/cotidia...pm-em-sp.shtml o cara com uma Suzuki DL 1000 08/09 roubada e com um garupa armado de 38 fugindo de uma blitz. Alguém sabe o que eles fariam?
2) Tem um cara que bolou um sistema de segurança para moto bem interessante. Procurem por Sportymoto. Resumindo: o cara bolou um aparelhinho pequeno (pode ser escondido até na seta da moto, farol, até no pneu!) que tem bateria própria que dura 5 anos. Ele emite um sinal que é captado através de um aplicativo no celular. Pelo que entendi não é um sinal forte, tem que estar a uma distância de poucas centenas de metros da moto para captar, ou seja, não é um rastreador "convencional". A grande sacada é que se te roubam a moto, vc entra no aplicativo e informa isso.
Quem tiver o aplicativo instalado no seu celular é avisado se a moto se aproximar. Do celular que detectou a proximidade da moto sai um sinal que vai parar no celular do dono, indicando onde a moto foi "percebida". Ou seja, transforma cada celular do planeta em um rastreador da sua moto roubada. Mais que isso; ladrões com uma moto roubada saem pra fazer assaltos. Você nem notou que eles estão na sua cola, mas o aplicativo no seu celular já detectou a moto roubada e te mandou um sinal. Ou seja, se TODOS usarem esse aplicativo, inclusive a polícia, fica facinho encontrar uma moto com reclamação de roubo no meio de um monte de motos, paradas ou em trânsito.
Pelo que entendi o custo é baixíssimo e não tem mensalidade.
Vale a pena conhecer.

[Mcolnagosp]

Boa, Sérgio. Achei interessante a proposta da geringonça.

[sbsantos]

Pessoal,
Fui ao encontro de ontem, promovido pela BeeMer na Caltabiano.
A discussão foi longa e vou resumir bastante aqui e espero que outros participantes deste Fórum que estiveram presentes possam complementar ou corrigir este post.
1) Identificou-se que o roubo de motos de alta cilindrada (pra não parecer que é apenas BMW ou "motos de luxo") tem vários motivadores sem haver pleno consenso de qual é o mais importante:
Venda de peças no mercado paralelo;
Venda da moto inteira para outras localidades;
"Rolesinho no baile Funk";
Uso em outros roubos e distribuição de drogas;
Nessa reunião um dos participantes trouxe um "novo motivador" bastante interessante que confesso nunca havia me ocorrido: o interesse escuso das seguradoras nesses eventos. É óbvio que a seguradora não gosta de pagar pelo bem roubado, mas, por outro lado, a frequência dos roubos praticamente obriga o motociclista a fazer seguro. Isso pra mim faz sentido pois já tive motos sem seguro, apenas com rastreador, e quando foi roubada e não rastreada, nunca mais deixei de colocá-las no seguro. Além do volume de vendas de apólices, que têm seu prêmio aumentado conforme o índice de roubos aumenta (uma verdadeira proteção para o risco da seguradora, que na média ganha mais), as motos recuperadas vão a leilão.
OK, o leilão é uma operação legalizada; e daí?
Essa mesma pessoa que levantou a questão do ganho das seguradoras também apresentou relatos de comportamentos muito suspeitos: motos com laudo de Perda Total são leiloadas e obtém-se pela carcaça um valor muito alto se comparado a uma carcaça nova equivalente. Ou seja, por que diabos uma pessoa compra um quadro quase pelado de uma moto, ainda por cima torto, por um preço igual ou superior a um quadro novo? Certamente ela compra a legalidade do quadro, não o objeto em si. Passa a ter plena capacidade de "esquentar" uma moto roubada pois tem documentos da tranqueira, leiloada como "moto" e com os dados e o documento desse retalho de moto a roubada é maquiada e vendida a preço de mercado.
OK, então o ladrão safado é o cara que comprou a carcaça. Sim, sem dúvida, só que a seguradora que deveria vender a tal carcaça como sucata, pega por ela um valor que jamais se sonharia. É conivente com essa prática pela omissão de não dar baixa naquele chassis no sistema do Detran e por ganhar dinheiro com isso, indicando que a omissão não é falha, mas prática de mercado. Pra mim é ladrão também.

Buenas, feitas essas considerações dos tais motivadores, passamos por casos diversos, todo mundo tem depoimentos interessantes para ilustrar a forma como acontece o roubo, locais e afins, foi apresentado o mentor e mantenedor do site "motoroubada.com.br" iniciativa muito interessante de um jovem que dedicou tempo (e certamente dinheiro) para desenvolver um site gratuito para registro das motos roubadas, ajudando a mapear esses eventos, quantificar e qualificar as motos e locais de maior risco. Essa iniciativa chamou a atenção do SBT que fez uma visita e ficou horas ouvindo como esse trem todo funciona. Dessa visita resultou uma reportagem mínima, com - segundo o dono do site - informações de pouca expressão mas que fez o site bombar logo após essa divulgação. Chamou tanta atenção que a cada 10 minutos um hacker entra e derruba o sistema. Entrei há pouco e ainda está fora do ar. Até ameaças o rapaz sofreu.
Indo às conclusões de uma vez:
1) Vamos formar um comitê com membros daquele grupo e eventualmente algum convidado para esse comitê representar os interesses junto a órgãos públicos;
2) Há várias condições a atacar, da venda ilegal de peças à ação da polícia. Entende-se como prioritário a ação da polícia e para tanto deve-se buscar apoio em duas frentes: políticos e imprensa. Há pessoas que têm relacionamentos com um ou outro ou ambos e se prontificaram a buscar esse apoio assim que tivermos algo minimamente formatado.
3) Uma nova reunião será marcada, provavelmente em um espaço dentro da Assembléia Legislativa de SP.
4) A massa de reivindicantes tem que ser expressiva e entende-se que uma pressão "dazelite" não causa tanto impacto. Tentaremos incluir representantes das categorias de trabalhadores com moto, estimada em 800 mil almas, para dar corpo às solicitações. Esses profissionais têm tido dificuldades em fazer seguro das motos pois são alvos (eu diria até maiores) do mercado ilegal de peças.

Paralelamente falou-se em campanhas educativas, fiscalização das lojas, desmanches, e outras ações que não são auto-excludentes. Podemos a qualquer hora disparar esse tipo de iniciativa, criação de adesivos "eu só compro peça legal" ou "respeito motociclista" e afins.
A prioridade, no meu entendimento, foi consenso: estancar a hemorragia. Para isso a primeira ação seria no sentido da repressão aos roubos.
Pressão política dura, intensa e extensa nos políticos do executivo que detém poder de comando na polícia.

Complementos são bem-vindos.

[Iceman]

Maravilha de relato Sergio.

Mais uma vez obrigado por ter participado e nos mater informado.

[mgusmao]

OLha , não sou de Sampa, mas estou com vocês.
Fica difícil a participação in loco, mas no resto, o que vocês precisarem, estou dentro.

Pessoal,
Fui ao encontro de ontem, promovido pela BeeMer na Caltabiano.
A discussão foi longa e vou resumir bastante aqui e espero que outros participantes deste Fórum que estiveram presentes possam complementar ou corrigir este post.
1) Identificou-se que o roubo de motos de alta cilindrada (pra não parecer que é apenas BMW ou "motos de luxo") tem vários motivadores sem haver pleno consenso de qual é o mais importante:
Venda de peças no mercado paralelo;
Venda da moto inteira para outras localidades;
"Rolesinho no baile Funk";
Uso em outros roubos e distribuição de drogas;
Nessa reunião um dos participantes trouxe um "novo motivador" bastante interessante que confesso nunca havia me ocorrido: o interesse escuso das seguradoras nesses eventos. É óbvio que a seguradora não gosta de pagar pelo bem roubado, mas, por outro lado, a frequência dos roubos praticamente obriga o motociclista a fazer seguro. Isso pra mim faz sentido pois já tive motos sem seguro, apenas com rastreador, e quando foi roubada e não rastreada, nunca mais deixei de colocá-las no seguro. Além do volume de vendas de apólices, que têm seu prêmio aumentado conforme o índice de roubos aumenta (uma verdadeira proteção para o risco da seguradora, que na média ganha mais), as motos recuperadas vão a leilão.
OK, o leilão é uma operação legalizada; e daí?
Essa mesma pessoa que levantou a questão do ganho das seguradoras também apresentou relatos de comportamentos muito suspeitos: motos com laudo de Perda Total são leiloadas e obtém-se pela carcaça um valor muito alto se comparado a uma carcaça nova equivalente. Ou seja, por que diabos uma pessoa compra um quadro quase pelado de uma moto, ainda por cima torto, por um preço igual ou superior a um quadro novo? Certamente ela compra a legalidade do quadro, não o objeto em si. Passa a ter plena capacidade de "esquentar" uma moto roubada pois tem documentos da tranqueira, leiloada como "moto" e com os dados e o documento desse retalho de moto a roubada é maquiada e vendida a preço de mercado.
OK, então o ladrão safado é o cara que comprou a carcaça. Sim, sem dúvida, só que a seguradora que deveria vender a tal carcaça como sucata, pega por ela um valor que jamais se sonharia. É conivente com essa prática pela omissão de não dar baixa naquele chassis no sistema do Detran e por ganhar dinheiro com isso, indicando que a omissão não é falha, mas prática de mercado. Pra mim é ladrão também.

Buenas, feitas essas considerações dos tais motivadores, passamos por casos diversos, todo mundo tem depoimentos interessantes para ilustrar a forma como acontece o roubo, locais e afins, foi apresentado o mentor e mantenedor do site "motosroubadas.com.br" iniciativa muito interessante de um jovem que dedicou tempo (e certamente dinheiro) para desenvolver um site gratuito para registro das motos roubadas, ajudando a mapear esses eventos, quantificar e qualificar as motos e locais de maior risco. Essa iniciativa chamou a atenção do SBT que fez uma visita e ficou horas ouvindo como esse trem todo funciona. Dessa visita resultou uma reportagem mínima, com - segundo o dono do site - informações de pouca expressão mas que fez o site bombar logo após essa divulgação. Chamou tanta atenção que a cada 10 minutos um hacker entra e derruba o sistema. Entrei há pouco e ainda está fora do ar. Até ameaças o rapaz sofreu.
Indo às conclusões de uma vez:
1) Vamos formar um comitê com membros daquele grupo e eventualmente algum convidado para esse comitê representar os interesses junto a órgãos públicos;
2) Há várias condições a atacar, da venda ilegal de peças à ação da polícia. Entende-se como prioritário a ação da polícia e para tanto deve-se buscar apoio em duas frentes: políticos e imprensa. Há pessoas que têm relacionamentos com um ou outro ou ambos e se prontificaram a buscar esse apoio assim que tivermos algo minimamente formatado.
3) Uma nova reunião será marcada, provavelmente em um espaço dentro da Assembléia Legislativa de SP.
4) A massa de reivindicantes tem que ser expressiva e entende-se que uma pressão "dazelite" não causa tanto impacto. Tentaremos incluir representantes das categorias de trabalhadores com moto, estimada em 800 mil almas, para dar corpo às solicitações. Esses profissionais têm tido dificuldades em fazer seguro das motos pois são alvos (eu diria até maiores) do mercado ilegal de peças.

Paralelamente falou-se em campanhas educativas, fiscalização das lojas, desmanches, e outras ações que não são auto-excludentes. Podemos a qualquer hora disparar esse tipo de iniciativa, criação de adesivos "eu só compro peça legal" ou "respeito motociclista" e afins.
A prioridade, no meu entendimento, foi consenso: estancar a hemorragia. Para isso a primeira ação seria no sentido da repressão aos roubos.
Pressão política dura, intensa e extensa nos políticos do executivo que detém poder de comando na polícia.

Complementos são bem-vindos.

[sbsantos]

Maravilha de relato Sergio.

Mais uma vez obrigado por ter participado e nos mater informado.

São seus olhos...

[sal silva]

Muito bom Sergio,acho muito importante a participação de outras categorias como moto Boys,afinal de contas eles são os que mais sofrem com estes roubos e muitas vezes não tem como segurar suas motos que sao seu principal instrumento de trabalho.