Dalton.
Show de viagem e parabéns pelos vídeos.
Ficaram SHOW e nada cansativos de assistir.
Mas...
...cadê o resto?
Dalton.
Show de viagem e parabéns pelos vídeos.
Ficaram SHOW e nada cansativos de assistir.
Mas...
...cadê o resto?
CB400 "customizada" / XLX350R / CBR450 / casamento / filha / G650GS / F800GS / R1200GS LC, porque evoluir é preciso (pensa numa criança feliz... )
To fazendo...
Editar video da trabalho, mas gosto bem. Vou relembrando a viagem. É quase como se estivesse viajando novamente.
Estou acabando o de Montenegro e da Croacia. Na minha opinião, os mais belos visuais por onde passamos. Até amanha acho q termino.
Blz. Tá sussa
Eu já editei uns 3 ou 4 vídeos, e realmente é algo que demanda muito tempo.
Tanto para editar como para fazer o Upload (esse eu deixava rodando à noite).
Se não for algo que voce realmente curta fazer, ninguem tem saco.
CB400 "customizada" / XLX350R / CBR450 / casamento / filha / G650GS / F800GS / R1200GS LC, porque evoluir é preciso (pensa numa criança feliz... )
Parabens Dalton! Bela viagem e registro!
Abraços,
O SOROCABA - F800GS ADV
Acabei mais um vídeo. Agora do trajeto que passa por Montenegro e sul da Croácia, litoral do mar Adriático. Sem dúvida o visual mais bonito de toda a viagem. Lugarzinho Top!!
Resenha detalhada em http://http://trailbh.com.br/?p=2540
Segue video
Massa!!!
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Ricardo Boris
Ipu / Ceará
BÓSNIA
Saindo da Croácia, com todas as suas belezas naturais, não tinha como esperar muito do resto do trajeto. Seria bem improvável que algo mais nos surpreendesse ou impressionasse. Principalmente porque agora iríamos cortar a Bósnia e a Sérvia. Países sem apelo turístico algum, pelo contrário. Por aqui só ouvimos sobre guerras, matanças e pobreza.
Juro que apesar de ter lido superficialmente sobre a guerra ocorrida entre 1992 e 1996 na Bósnia, não consegui entender bem o seu motivo. São várias questões ligadas à religião, política e economia. Até hoje se discute se foi uma guerra civil ou um genocídio. Mas basicamente, com o fim da Iugoslávia em 1991, o líder sérvio Slobodan Milosevic queria reunir todos os Sérvios em um mesmo território. Então com a independência da Bósnia em 1992, os Sérvios que moravam na Bósnia se rebelaram e se juntaram à Servia na luta contra a independência.
Sendo assim, a Bósnia sofreu um ataque maciço dos Sérvios. Estima-se a morte de 200 mil pessoas, das quais a maioria eram civis, incluindo crianças, mulheres e idosos. A população de Sarajevo foi reduzida em cerca de 36%, seja em função das mortes ou mesmo do êxodo ocorrido. A cidade ficou sitiada por aproximados 3 anos, sem receber rotineiramente alimentos, água, gás, energia elétrica, remédios e demais itens de necessidade. A única coisa que recebiam era tiro. Mas graças a um túnel construído em 1992, com 800 metros de comprimento, a população passou a ser abastecida com itens de necessidades básicas e conseguiu um caminho para fuga de muitos. Segundo relatos que li na internet, estima-se que 300 mil vidas foram salvas graças a este túnel.
E dizem que o pior não foi o que ocorreu em Sarajevo, que era “monitorada” pela ONU, e sim o que ocorreu em pequenas cidades do interior. Em uma delas, Srebrenica, em apenas 14 dias foram mortas mais de 8 mil pessoas. É considerado o maior genocídio desde a segunda guerra mundial.
E foi pra lá que viajamos!!!
A estrada que pegamos para ir a Sarajevo, capital da Bósnia foi bem divertida. Em grande parte do trajeto a estrada seguia margeando um grande rio com espelho d’água esverdeado, contrastando com as montanhas rochosas. Muito bela a paisagem. A estrada era de pista simples e bem movimentada, o que ajudou na diversão e tirou qualquer monotonia da viagem. E ultrapassar com estas motos, apesar da maior dimensão por conta dos baús, é muito fácil. Não há necessidade de grandes retas. Qualquer pequeno espaço já é suficiente. As motos tem bom torque e atingem boa velocidade de ultrapassagem rapidamente. Então, apesar do movimento, não foi cansativo.
Paramos para almoço em um restaurante qualquer na beira da estrada. Mas apesar de qualquer, a escolha foi muito boa. Almoçamos com uma bela vista do rio e, desta vez, não estávamos ao lado de um padre, mas sim de algumas freiras. Realmente nossa viagem foi abençoada.
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Chegamos em Sarajevo já era noite. Paramos em um posto de combustível, acessamos a internet, reservamos nosso hotel pelo Booking e pouco depois já estávamos hospedados. Hotel pequeno, mas bem aconchegante. Sem muitos luxos na parte externa e no café da manhã, mas com quartos grandes e confortáveis. Boa escolha.
De noite alguns preferiram não sair e jantar no próprio hotel. Eu, Felipe, Modesto e Riquinho fomos a um bar próximo do hotel. Não nos arrependemos. Tirando o cheiro forte de cigarro, comum nestes estabelecimentos em todos os países por onde passamos, o local era bem aconchegante, com bons petiscos e uma cerveja gelada. Não digo boa cerveja porque não tomei nenhuma excepcional durante toda a viagem, apesar de ter bebido mais de 20 diferentes. Todas muito parecidas com as nossas industrializadas. Até porque, não são países com tradição em cerveja, sendo inclusive países com grande parte da população muçulmana, o que, acredito eu, deva reduzir bem a demanda pelo álcool e o investimento em boas cervejas.
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Não tivemos dificuldades com a língua. Em todos os locais que fomos, todos arranhavam o inglês. Cabe a ressalva que com exceção ao bar que fomos no primeiro dia, todos os demais locais que frequentamos tinham ligação com o turismo, o que nos faz pensar que a desenvoltura linguística dos que conversaram com a gente, tem correlação direta com a necessidade de geração de receita. Apenas para exemplificar, quando sentamos no bar, em função de não estarmos em uma região turística, perguntamos à garçonete se ela falava inglês. Prontamente ela nos respondeu “Of course”. Se ela soubesse português, pela cara que fez ao responder, tenho certeza que diria “Ta me tirando, véi. Claro que falo!! Ta achando que sou burra ou brasileira?” Segundo ela, cerca de 80% das pessoas em Sarajevo falam inglês (será?).
No dia seguinte demos uma volta pelo centro da cidade. Várias lojas de souvenir se misturam a restaurantes e cafés por entre ruas fechadas ao transito. Local bastante agradável e atrativo para os turistas. A cada loja, uma lembrança da guerra. São incontáveis os souvenires produzidos com cartuchos da guerra. Chaveiros, abridores de garrafa, canetas, miniaturas, dentre tantas outras (más) lembranças. Não resisti e trouxe as minhas (boas) lembranças.
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Mas a imagem mais marcante eram os prédios residenciais com incontáveis marcas de tiro. Mas eram muitas mesmo. Vários que foram alvejados por algo maior que simples balas, possuíam cicatrizes em tijolo aparente, sem reboco e sem qualquer preocupação em esconder o passado, pelo contrário. Inimaginável ter sua casa metralhada desta forma, vivendo com um medo terrível dentro de um local que para cada um de nós é o mais seguro de todos: nosso lar. E estes prédios eram exatamente em frente ao nosso hotel. Um grande contraste com as novas e modernas edificações que sinalizam a reconstrução da cidade.
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Ao deixarmos Sarajevo rumo à Servia, fomos por uma estrada rural extremamente simpática e estreita. Mais adiantes passamos por estradas bem arborizadas, por entre serras e com temperaturas mais baixas que as que víamos enfrentado, apesar do dia ensolarado. Mas novamente, nada que nos fizesse usar o arsenal de roupas para frio que levamos para a viagem.
Particularmente, me comovi com Sarajevo. Acho inclusive que é improvável que alguém visite a Bósnia e não se envolva com seu sofrimento e/ou ao menos fique curiosa com sua história. Nunca me interessei por armas, histórias de guerras, etc. Mas afirmo que apesar do pouco tempo em que estive em Sarajevo, me impressionei muito com o que vi. Um povo sorridente, alegre, simpático, reconstruindo suas vidas apesar de um passado recente doloroso e ainda com muitas cicatrizes.
Segue o vídeo da Bósnia
Dalton,
Como está a questão dos vistos para Servia, Bósnia, Albânia e Montenegro?
Quando eu fui exigiam visto e foi bem complicado.
Abs,
Fernando
Fernando, não precisa de visto em nenhum dos lugares. Chegamos inclusive a tomar vacina de febre amarela e emitir cartao internacional de vacinação para entrar na Albania, por conta de informação q recebemos aqui. Mas nada foi solicitado la.
Obviamente, todos pediram passaporte na entrada e documento da moto. Alguns pediram também o documento de seguro das motos para o país. E apenas a Turquia pediu contrato de locação das motos mais alguma coisa q não tínhamos e nem entendíamos o q era. Mas depois de muito papo de futebol, nos liberaram.
Pra se ter uma ideia, ninguém pediu para, pelo menos, tirarmos o capacete e comprovarmos q a foto do passaporte era igual a nossa cara!!!!
Na Albania, ao sairmos, nem passaporte pediram.
Em nenhuma das passagens olharam nossas bagagens. Se o estado islâmico souber q motociclista tem destes privilégios....