Meus amigos, essa é a segunda fase da viagem que fiz em fevereiro de 2016 com minha índia Niva e os nossos amigos Piraju, Zerob e Karla CPS, que teve foco no agreste e litoral de Alagoas, Paraíba e Pernambuco.
Saímos de Maceió-AL rumo a Pernambuco, passando pela Serra da Barriga, no município de União dos Palmares, agreste alagoano. É lá que se encontra o Parque Memorial Quilombo dos Palmares, que conta um pouco a historia de uma das maiores lutas de resistência contra a escravidão no mundo, mostrando detalhes de como era a vida dos negros escravizados rebelados que fugiam para aquelas matas na época do domínio holandês no Brasil.
O Parque Memorial Quilombo dos Palmares foi implantado em 2007, em um platô (área plana) do alto da Serra da Barriga. O local, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1985, recria o ambiente da República dos Palmares – o maior, mais duradouro e mais organizado quilombo já implantado nas Américas.
Nesta espécie de maquete viva, em tamanho natural, foram reconstituídas algumas das mais significativas edificações do Quilombo dos Palmares. Com paredes de pau-a-pique, cobertura vegetal e inscrições em banto e yorubá, avista-se o Onjó de farinha (Casa de farinha), Onjó Cruzambê (Casa do Campo Santo), Oxile das ervas (Terreiro das ervas), Ocas indígenas e Muxima de Palmares (Coração de Palmares).
Além das construções que referenciam o modo de vida daquela comunidade quilombola, o Memorial dispõe de pontos de áudio com música e textos em quatro idiomas (Português, Inglês, Espanhol e Italiano) que narram aspectos do cotidiano do Quilombo e da cultura negra. São os espaços Acotirene, Quilombo, Ganga-Zumba, Caá-Puêra, Zumbi e Aqualtune.
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