Já que o Sal pediu, segue um relato do passeio que nós Véinhos fizemos até o Uruguai agora em Agosto. Eu, o novinho sessentão, e o meu parceiro Luiz Claudio do alto dos seus 73 anos e mais de 45 anos de motociclismo....
Ele numa Boulevard 800 e eu numa F800GS.
Se alguém acha que não tem resistência para fazer uma viagem desta, que durou 14 dias e na qual rodamos uma média de 600Km nos dias em que houve deslocamentos, pode ir revendo os seus conceitos.... anime-se!!
Saída e chegada foram no sul de Minas – ele em São Lourenço e eu em Aiuruoca. Algumas imagens do passeio:
- Uma placa sugestiva, logo no 2º dia...
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- Uma parada para conhecer Pomerode. Mas tenho que reconhecer que fiquei decepcionado. A cidade tem um apelo de estilo alemão, etc, mas vi muito pouca coisa do estilo por lá.
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- Descemos pela BR 101 entrando para Gravataí e de lá, contornamos Porto Alegre para pegar a BR116 para descer por Pelotas e dali pela 471 em direção ao Chuí, que foi por onde entramos no Uruguai. Tá aí o arroio Chuí.... (vejo poucas chances de eu ir conhecer o Oiapoque, mas, nunca se sabe).
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- Já no Uruguai, na rota 9 passamos pela Fortaleza de Santa Teresa
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- Depois, Cabo Polonio
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- O Uruguai é tão organizado que até as vacas têm horário de trabalho....hehehehehe
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- Os passeios em Montevideo, Punta del Este e Colonia del Sacramento fizemos de carro, já que as meninas foram de avião nos encontrar. As parrillas uruguaias são bem chamativas também....
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- A Fonte dos Cadeados....
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- Claro, o letreiro não podia faltar. Aliás, em Montevideo me senti como se estivesse em Copacabana.... o paredão de prédios do lado direito e a praia do lado esquerdo....
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- O Porto de Punta é bem legal. E na rua do porto ficam ótimos restaurantes
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- Punta também tem farol
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- e também tem uma escultura de uma mão na areia, como no Atacama:
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- Pertinho de Punta, tem a Ponte Torta de Maldonado... bem diferente e tem que passar acelerando para dar a sensação de montanha-russa.....bem legal!
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- Colônia de Sacramento é a única cidade colonizada pelos Portugueses. A arquitetura é muito parecida com as nossas cidades coloniais...
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- Voltamos pela ruta 5, entrando de volta no Brasil por Santana do Livramento. Fiquei MUITO impressionado com a quantidade de Fazendas Eólicas no Uruguai – vimos centenas de geradores por lá. No Rio Grande do Sul vimos muitas também, o que nos deixou satisfeitos
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- Aqui, um comentário: não curtimos muito as estradas do Uruguai e do Sul do Rio Grande do Sul por causa dos fortíssimos ventos. Eu já estava acostumado com vento forte nas estradas da Argentina, mas não dá muito prazer pilotar com a moto sempre inclinada de lado para compensar o vento, que na maioria do tempo vem enviesado. Daí, ao cruzar com um veículo grande – caminhão ou ônibus, a moto balança toda porque o outro veículo serve de anteparo por alguns segundos. Além disso, quase não dá para apreciar a paisagem, pois com o simples girar da cabeça parece que o vento vai arrancar o capacete da nossa cabeça. Foram os trechos em que a musculatura do pescoço mais sofreu (particularmente os músculos Trapézios). Além disso, o consumo, que andava entre 19 e 21 Km/litro, caiu para 15Km/litro. Aliás, a gasolina no Uruguai está bem cara, sempre acima dos R$ 5,40 depois da conversão.
- Passamos também em São Miguel das Missões. Simplesmente lindo:
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- Repare que a cidade resolveu construir os Pontos de Ônibus no mesmo estilo das ruínas. Bem legal....
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- A represa que faz a divisa entre o Paraná e SP
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- E, no último dia, um céu espetacular na subida da serra de Cruzeiro com a Serra da Mantiqueira ao fundo.
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Últimos comentários:
- Tá tudo muito caro no Uruguai. Uma garrafa de água mineral não sai por menos de 4 reais em nenhum lugar – só para dar uma perspectiva.
- Me pareceu um país com uma desigualdade de classes sociais tão absurda quanto o Brasil. Mas o interior, as cidades pequenas, me pareceram bem mais pobres. A quantidade de carros velhos, literalmente caindo aos pedaços nas estradas, impressiona.
- Como tem ferro-velho na beira das estradas!
- As estradas Uruguaias são um tédio, assim como as Argentinas. Reta, reta, reta, reta..... plano, plano, plano.... e de vez em quando você encontra um outro veículo.
- Olho vivo com o abastecimento. Os postos não são frequentes. Distâncias superiores a 100Km entre um posto de combustível e outro são comuns. Idem em relação a lanchonetes/restaurantes.
- Antes de viajar, comprei um capacete Shoei modelo GT-Air. Estou muito satisfeito. Muito silencioso, não embaçou NENHUMA vez, mesmo em manhãs com temperatura de 6 graus, graças ao Pin Lock.
- Foi minha primeira viagem longa depois de instalar uma bolha da Moto Bolhas. Tenho a modelo Dakar e viajei com o defletor colocado. Adorei. Tirou uma parte da pressão aerodinâmica da minha cara, reduzindo a turbulência e poucas vezes tive que limpar a viseira do capacete. Além disso, ajudou muito no controle do vento em cima de mim. E a roupa..... sujou muito menos!
- Continua dando pena o estado das estradas de Santa Catarina. O entorno de Blumenau é um terror. Todas as estradas são de mão dupla (claro, com exceção da BR101) e com uma quantidade incalculável de caminhões. Foi onde perdemos mais tempo no deslocamento tanto pelo volume de tráfego quanto pela condição do piso. Eu já tinha notado isso em 2015 quando também passei por lá.
- A 158 no Rio Grande do Sul também está em más condições. Nem me lembro dos visuais por onde passei, pois só fiquei focado no piso e fugindo das crateras. A Boulevard sofreu prá burro...
- Também passamos em Fraiburgo pra ver alguma coisa alemã.... outra decepção.
- A economia realmente está fraca.... a quantidade de caminhões rodando vazios pelas estradas me impressionou muito.
- Estão fazendo uma mega-obra de contenção de encostas na Serra do Espigão próximo a Monte Castelo. A obra é impressionante. Como o trecho em obras é muito longo, o esquema de Pare/Siga está causando uma espera média de UMA HORA em cada sentido. Demos sorte e esperamos “só” 40 minutos....
- dei uma bobeada.... uns 200 Km antes de Gravataí paramos para abastecer. Algo me tirou a atenção e não chequei se o frentista tinha fechado a tampa do tanque. Saí da bomba e rodei 40 metros até a porta da lanchonete. Só vi a tampa aberta quando voltei – mas já tinha vazado um pouco de gasolina pela inclinada da curva à esquerda. Fiquei preocupado só com a pintura. Tampei o tanque e joguei água para lavar os restos de gasolina da pintura, etc. Saímos e rodamos até Gravataí para dormir. Como eu checo a moto ao final de cada dia, notei uma coloração diferente em alguns elos da corrente... e só do lado esquerdo..... PÁRA TUDO! Fomos analisar/avaliar. (e ainda bem que foram só 200Km)
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- resultado da análise e correção:
a gasolina que vazou foi suficiente para lavar a graxa em um trecho da corrente. Rodando com menos graxa, ela sofreu. Mas.... por quê só do lado esquerdo naqueles elos?
Me dei conta que na última revisão, feita em Junho, na CC, o mecânico deixou o ajuste da corrente mais apertado do lado esquerdo – uma diferença de 1mm em relação ao lado direito.
Ajustei novamente a folga da corrente, igualando os 2 lados
Re-lubrifiquei a corrente (aliás fiz isto ao final de cada dia)
Aparentemente não houve sequelas. Rodei o resto todo da viagem e ao voltar, lavei a moto toda, limpei completamente a corrente, avaliei de novo e as marcas haviam sumido. Menos mal.
- a tomada do GPS me deu trabalho.... como o diâmetro da tomada da BMW é menor, é necessário usar um adaptador. Mas as 2 peças encaixadas ficaram muito altas e vibravam muito em estradas esburacadas, desligando o GPS toda hora. Vou ter que pensar numa maneira diferente de conectar o GPS à tomada que tem no tanque.
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- Fiquei bem satisfeito com a média final de consumo: 20,1Km/litro depois de rodar os 6.000Km. Nada mau.
VAMOS RODAR!!