Postado originalmente por
Gnegraes
Everton,
Já enviei ao Rodrigo meu e-mail para que me envie o texto, estou aguardando.
Ainda acho esta informação muito absurda:
"Quando a moto tem ate 2.000 km, somente fazer o furo, mais nada, se a moto tem mais que 60.000 km, trocar o cardan. para as motos que estao entre 2.000 e 60.000 km, efetuar o teste conforme manual 33 73 002. Esta funçao esta disponível no ISTA a partir da versão 4.35.40.
Só fazer um furo? Por onde sai, entra também... acho que aumenta e muito o problema, já que não mencionam válvula de borracha tipo bico de pato.
Trocar cardã com 60.000km?????
O citado ISTA é um software inglês para scanners. Como pode um software fazer um teste em um mecanismo que não possui sensores e não está conectado a nenhum módulo eletrônico da moto????
Minha opinião pessoal a respeito deste "problema" chamado eixo cardã:
As motos BMW a partir do momento que instalaram amortecedores traseiros, tiveram de introduzir juntas tipo cardã nas extremidades do eixo de transmissão e dotadas de coifas de borracha, devido ao movimento da suspensão e de sua caixa de redução de engrenagens instalada na roda traseira, na década de 30 do século passado. Isso em 1937, há 85 anos atrás. Antes, como não havia suspensão traseira, o eixo de transmissão permanecia alinhado entre a saída do câmbio e a caixa de redução de engrenagens montada na roda traseira.
Nunca se relatou no passado problemas com as juntas cardã como ocorre nos últimos recentes anos. Isso depois de terem produzido milhões de motos...
Mudou a tecnologia mecânica para pior? Caiu a qualidade da BMW? A BMW insiste em um erro por pura teimosia por 8 décadas? Tenho absoluta certeza que não, mas exatamente o contrário, tudo melhorou.
O que mudou drasticamente é que a geração atual de motociclistas tem outra percepção sobre o que é uma motocicleta.
Hoje ele sobe na moto, dá a partida e saiu rodando.
Antigamente todos faziam inspeções frequentes no estado geral da moto e muitos a própria manutenção, seja por gosto sobre mecânica, seja por obrigação, dada a falta de oficinas. Eu pessoalmente me apaixonei por mecânica aos 15 anos de idade quando tive minha primeira moto.
Hoje os motociclistas mal calibram os pneus, que devem ser verificados semanalmente (variação da temperatura do ar = variação da pressão).
Sem querer ofender ninguém, por favor (já tirando o pino da granada...), mas hoje é a tal propalada "geração Nutella", que nasceu manuseando botões de controle de alguma coisa, desde a TV, passando por videogames, computadores, até o celular de hoje, num mundo totalmente virtual.
Motos são um veículo ainda primitivo, onde nos sentamos ou deitamos sobre um motor e que se mantém de pé em movimento pelo efeito giroscópico das suas rodas...
Queiramos ou não, é um veículo que necessita de cuidados e manuseio totalmente diferentes de um automóvel.
E isso passa por entender sobre o que é uma moto sobre a qual nos sentamos e pilotamos em alta velocidade.
Para saber se há algo de errado, é necessário saber como funciona e por que as coisas são assim.
O brasileiro ainda tem uma característica cultural especial: ignora solenemente todo e qualquer Manual de Produto, desde um liquidificador até um automóvel. Isso explica uma parte dos problemas também.