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Roberto
No aguardo do restante da viagem!
Obrigado.
Abraço
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Dia 16 - Saí de Três Lagos assim que o sol nasceu (mais de 8 horas por sinal) era dia de encarar o trecho de rípio da rota 40, o chamado "73 malditos"... Depois disso, não tinha certeza qual seria a próxima parada. Tudo dependeria de quanto tempo eu levaria para cruzar os tais 73 kms...
Rodei algumas dezenas de kms no asfalto e logo lá estava ele me encarando... Kkkkk. Os Deuses do Motociclismo estavam a meu favor e não tinha vento praticamente nenhum, o que tornaria minha tarefa bem mais simples.
Entrei no ripio e por muito pouco. Ao fui pro chão em menos de 10 metros... Aquele treco estava fofo logo no inicio...
Logo depois melhorou um pouco e deu pra ir a 30/40 por hora... Era só manter o trilho deixado pelos carros e não sair dele por nada no mundo...
Já tinha andado uns 20 kms e me deparo com um trator "alisando" a pista... Adeus trilhos! Kkkk
Rodei uns 4 ou 5 kms sem os tais trilhos e foi bem complicado, já que a moto ganhou vida própria... Se tivesse ventando seria um caos!
Quando os trilhos voltaram tudo ficou muito mais fácil... A estrada é ruim... Mesmo na parte firme, são pedras que estão abaixo, ou seja, vai judiar bastante da moto, mas ok, é só seguir no trilho...
Na metade do caminho um bicho (não sei ao certo qual, mas eram aquelas aves que parecem um peru ou uma ema pequena) cruzou a estrada e como foi o primeiro que vi naquele trecho, acompanhei-o com o olhar durante alguns segundos...
Esses poucos segundos foram suficientes para eu por a roda dianteira fora do trilho e o resultado vcs já imaginam... Kkkkkkk. Adquiri um terreno na patagonia! Kkkkkk
Tombo bobo, sem nenhuma consequência nem para o piloto, nem para a moto que fez apenas um pequeno risco no protetor!
Fui levantar a moto... Com bagagem, sem a menor chance! Desmontei a bagagem, coloquei a gorda em pé, remontei tudo e vamos seguir, aí sem problemas até o fim!
De nada adianta os Deuses do Motociclismo estarem de bom humor, se o piloto não colabora! Kkkk
O tão falado trecho é sem dúvida uma estrada chata para passar de moto, mas nada de tão aterrorizante... Caí por falta de atenção e pq sou ruim mesmo! Kkkkk
Vale lembrar apenas que não tinha vento, nem chuva, o que pode complicar bastante.
Demorei pouco mais de 2 horas para chegar no asfalto onde estavam 2 equatorianos comprando no acostamento! Parei ao lado e entrei na comemoração! Kkk
Segui até Perito Moreno onde fiquei em um hotel mais ou menos e encarei um lanche no carrinho da praça!
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Dia 18 - pretendia chegar em Santa Rosa, mas acabei parando em General Acha, 100 kms antes... Estava cansado de pilotar o dia todo e preferi evitar a e tirada de uma cidade maior. Nada de especial a registrar, exceto que a moto ficou melhor hospedada que eu! Kkkk
Fiquei em um hotel atrás do posto na beira da estrada... O quarto era bem ruim mas a moto ficou no jardim! Kkk
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Dia 20 - queria alguma cidade próxima da fronteira de Dionísio Cerqueira em SC, mas ainda na Argentina e por indicação do nosso amigo @Marcelo DC (de novo ele... Kkk) fui parar em Oberá, 950 kms pra frente.
Outro lugar bastante interessante para quem está indo ou voltando da Argentina. Me hospedei no Hotel Casino que é um Hub de entretenimento da cidade com hotel, Casino, teatro, cinema e restaurante.
O hotel foi excelente, o melhor da viagem inteira e paguei 11.500 pesos (pouco mais de R$ 130.00)
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Dia 21- dia de entrar no Brasil!
230 kms separam Oberá da fronteira de Dionísio Cerqueira e pouco depois das 10 horas, estava em solo.nacional.
Os trâmites fronteiriços de Dionio (e de São Borja TB) são eletrônicos e demoraram literalmente menos de um minuto!
Toquei para Ponta Grossa para o último pernoite fora de casa!
Dia 22 - fim de viagem... Um dia lindo e uma estrada muito agradável para rodar. Hora de matar a saudade de todos e encarar a vida real com muito mais disposição!
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Viajar pela Patagonia é fantástico... A estrada é excelente, muito bem sinalizada e com pouco tráfego além de paisagens sensacionais e pessoas bastante amáveis e prestativas.
Os problemas estão diretamente relacionados com a natureza... Um frio de congelar os ossos, ventos bem fortes que tornam a piltagem difícil e aumenta ainda mais a sensação de frio e os Guanacos na beira da pista que vez por outra resolvem atravessar... Não contei aqui, mas tive talvez o maior susto da vida sobre duas rodas com um bicho desses que pulou de um barranco ao lado da pista bem na minha direção... Por um milagre consegui desviar e não aconteceu nada...
As aduanas Chile/Argentina são burocráticas e demoradas, principalmente se estiverem cheias!
Em regra não há problemas de abastecimento e pelo.menos a cada 200 kms há postos de combustível... O problema está quando se sai das rotas principais... Assim, se sua moto não tiver uma autonomia de ao menos 400 kms eu sugiro levar um tanque reserva de gasolina.
A gasolina na Patagonia custa menos de 2 Reais o litro e nas outras regiões por volta de 3 isso a gasolina Super de 95 octanas.
Diferente do que eu esperava, as cidades argentinas estão muito bem cuidadas, assim como as estradas. Frota de carros novos e restaurantes cheios. A crise de lá, tão anunciada por aqui parece que passa à margem da população em geral.
Hotéis medianos custam por volta de 15 a 20 mil pesos, (por volta de 200 Reais) e a comida TB está barata (com o equivalente a 50.00 Reais, da pra uma refeição sem exageros).
Não saia com pneus meia vida... Troque-os antes de iniciar a viagem e considere pneus mais resistentes. Coloquei o Mitas E07+ na gorda e o traseiro voltou no fim da vida (o dianteiro praticamente novo) , mas sem furos ou danos. Várias pessoas tem que trocar de pneus na Argentina e custo por lá é altíssimo, além dos problemas que isso gera no planejamento da viagem!
É isso aí... Que venham outras viagens!
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Roberto
Muito bom ter chegado bem!
Agradeço pelo relato preciso e de leitura prazerosa.
Que venham novos passeios.
Vamos em frente.
Abraço
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