Luiz,
A tecnologia é boa e bem-vinda. Mas não essencial...
Veja o Beto, muita coisa não funcionou na eletrônica que ele levou. Numa viagem como essa, um bom mapa rodoviário é essencial como backup.
Cansei de rodar na Europa com mapas enormes, cada um para um país, ainda os tenho até hoje... As cidades não mudam de lugar e dificilmente desaparecem, o mesmo com rodovias, que no máximo ampliam o número de pistas.
Sou velejador desde moleque. O mais avançado na navegação costeira até o advento do GPS no final dos anos 90 (sem visão da costa) era o Radiogoniômetro.
Você sintonizava uma estação Rádio-farol na costa e que era identificada por sinal em Morse marcado na Carta da Marinha, ajustava-se o dial até que o sinal era firme, bastava ler o ângulo da direção deste sinal. Sintonizava outro Rádio-farol e obtinha-se outro ângulo. Traçava-se na carta as retas saindo das estações escutadas e na intersecção das retas era a tua posição.
Me lembro até hoje do sinal da Rádio-farol da Ilha da Moela em Santos: .--.-- (ponto traço traço ponto traço traço).
Com visibilidade da costa se faz o mesmo mas com bússola de alidade, observando pontos geográficos notáveis.
Até recentemente fiz muita navegação costeira com bússola de alidade, é divertido e bom verificar que os desvios em relação ao Plotter (GPS) são mínimos.
Vale o mesmo para alto mar, GPS te dá a posição, mas sempre treinamos com o sextante.
Eletrônica é maravilhosa, mas pode faltar energia e pifa também....